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As empresas que adotam boas práticas sociais já contam com uma certificação voluntária. Trata-se da primeira métrica acreditada pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para mensurar nas empresas o S, da sigla ESG, pela Escala Cidadão Olga Kos (ECOK)

A métrica tem cinco variáveis, Arquitetônica, Atitudinal, Comunicacional, Metodológica e Programática, 20 indicadores e 37 requisitos que avaliam o quanto a empresa é inclusiva e também se os seus ambientes de trabalho estão adaptados a todos os tipos de diferenças, sejam elas de gênero, idade, deficiência, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual ou qualquer outro fator de exclusão.

Reconhecimento

O reconhecimento é dividido em quatro níveis: Potencial Inclusivo Latente (duas estrelas), Potencial Inclusivo Emergente (três estrelas), Orientação Inclusiva (quatro estrelas) e Plenamente Inclusiva (cinco estrelas). E qualquer empresa pode participar do processo, basta ter o CNPJ e não há um número mínimo de funcionários.

Suzete Schipa Suzuki, CEO da ICV BRASIL, organismo associado à Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), explica que a certificação não é punitiva, mas sim, evolutiva. “Quando se fala dos diferentes níveis, você está evoluindo a empresa no processo como um todo. Ela poderá ter duas, três ou quatro estrelas, que são os selos, e a certificação com o selo do Inmetro é somente para as que são Plenamente Inclusivas”.

Passo a passo

Para as empresas interessadas, o primeiro passo é conhecer o manual do ECOK, disponibilizado gratuitamente pelo Instituto Olga Kos, e buscar uma certificadora acreditada pela Cgcre do Inmetro para fazer o processo. “Atualmente, nós somos a única certificadora em processo de acreditação com a Coordenação Geral de Acreditação do Instituto”, informa Suzete.

Foto: Divulgação

Nas empresas, ela conta que as pessoas envolvidas neste processo são da área de RH junto ao pessoal da qualidade, e que tem que ter o envolvimento da alta direção. “Se ela não estiver envolvida no processo como um todo, não sai nada, pois eles são os primeiros a estarem convencidos de que é bom para eles”. Para quem já está neste caminho, a dica dela é fazer um diagnóstico com uma consultoria

“Nesse diagnóstico, ela saberá em qual patamar está e a consultoria lhe apresentará um plano de ação sobre o que precisa ser feito para atingir a certificação. A empresa decide qual estrela pretende atingir e o tempo que levará para isso”. 

Validade

certificado tem um ano de validade. “Após esse período, existe uma nova auditoria e se a empresa não tiver um acompanhamento do que aconteceu com as pessoas que foram incluídas, como foram os indicadores, ela não consegue manter a certificação. É um trabalho constante”, comenta Suzete. 

Do começo ao fim do processo, ela conta que o tempo varia de acordo com o tamanho da empresa. “O prazo varia muito de empresa para empresa. Ela nos solicita, nós elaboramos uma proposta e dando o aceite, nós já temos uma equipe preparada para fazer a auditoria. Em média, estando toda a documentação certa, ela leva cerca de 30 dias para receber o selo ou o certificado”. 

Relevância 

Nas palavras de Suzete, a certificação é só um ponto inicial do processo, porém, ela é muito significativa. “Porque hoje, principalmente os jovens estão buscando muito por empresas que prezam pelo meio ambiente, pelo respeito à sociedade e pela inclusão. Nós já temos as métricas para a parte Ambiental e de Governança. No ESG só faltava a métrica para a parte Social. Essa métrica vai nos ajudar muito a compor esta parte do ESG”, conclui.

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