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Na última quarta-feira, a Central Consul realizou o III Fórum de Educação Corporativa e de Gestão de Talentos. A Soft Trade foi uma das patrocinadoras e apresentou aos participantes as suas Lista de Presença e o Status de Treinamento, que automatizam processos para Universidades Corporativas.

Marisa Eboli, doutora pela FEA/USP, especialista em Educação Corporativa e professora na FIA Business School, ressaltou a importância da liderança estar diretamente envolvida na educação corporativa, o que segundo ela, isso não é uma novidade, mas falta ser colocada em prática. “O ponto principal é a liderança praticar o que ela já sabe. Uma coisa é ter o discurso e a outra é fazer”, afirmou. 

Ela enfatizou que para a educação corporativa ganhar vida e ser inserida na cultura da empresa é fundamental que os líderes se responsabilizem e se envolvam na questão da aprendizagem. “É o que falamos da liderança educadora e até pela pesquisa que eu faço pela FIA, isso tem se mostrado um ponto de atenção”.

Desafio das lideranças

Segundo ela, o envolvimento da liderança começa pela necessidade de ela ter uma visão estratégica, ser visionária, olhar para o futuro, para as tendências e traduzir tudo isso em ações e em soluções de aprendizagem. “É também avaliar, acompanhar, se envolver de fato, dar cursos e fazer o papel de líder educador no sentido mais amplo”, explicou.

O erro, disse Marisa, é deixar esta responsabilidade para a área de RH. “Enquanto os líderes acharem que desenvolver pessoas é papel da área de RH oferecendo cursos, eles não vão desenvolver a cultura de aprendizagem. Isto não é assunto novo, mas eu vejo que esse é um dos grandes desafios das lideranças”. 

Modelo de aprendizagem

Marisa mencionou como válida a metodologia 70-20-10, que une o prático ao teórico, sendo que 10% do aprendizado deve ser formal, 20% vêm do relacionamento social e 70% pela prática, pela experiência, desde que haja engajamento da liderança. “Se não tiver o envolvimento da liderança, os 20% e 70% não se viabilizam”, enfatizou. 

Foto: Divulgação

Ela também comentou que a educação corporativa a distância não é uma novidade, mas que ganhou força durante a pandemia. “Eu seu livro de 1999, 

Jeanne Meister já falava que um dos princípios de sucesso da educação corporativa é aprender a qualquer hora e em qualquer lugar. Quando eu lancei o meu curso de Gestão da Educação Corporativa pela FIA, em 2008, desde aquela época, ele é 70% a distância”. 

Cultura organizacional

A exemplo dos especialistas em cultura organizacional, entre eles Edgar Schein, que associam a construção da cultura com o papel da liderança, do ponto de vista de Marisa, isso é um tanto quanto complicado. “A gente nunca sabe o que vem primeiro, como o ovo ou a galinha”, comparou. 

De um lado, se a empresa tem uma cultura tradicional que não valoriza o papel do líder, ela acaba reproduzindo o tipo de liderança rígida e distante. Por outro, ela precisa ter um líder que interfira na cultura. “O fundamental é como a gente muda a cultura? Lógico que a gente precisa dos líderes, mas de líderes que mexam em aspectos concretos da gestão”. 

Um exemplo típico citado por ela é do líder formador de sucessor. “É preciso ter na avaliação e nos processos de política e de gestão de pessoas, algo que reconheça quando ele cumpre bem ou não esse papel. Tem que ser um item da avaliação de desempenho e estar ligado à remuneração variável, se for o caso. No final, não há mudança porque a avaliação ainda está centrada em competências que privilegiam resultados dos negócios e não nas pessoas”. 

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